terça-feira, 1 de junho de 2010

NY, NY 2


Domingo resolvi mudar um pouco minha rotina. Nos outros dias, explorei basicamente Midtown. Nesse dia peguei o metro (único dia que eu usei o metro, pior que tinha comprado um ticket para uma semana!) e fui para Downtown.

Desci na estação em frente a Brooklyn Bridge, uma das mais antigas pontes de suspensão nos Estados Unidos, com 1834 metros de extensão, e situa-se sobre o rio East, ligando os distritos de Manhattan e Brooklyn. Ao ser finalizada era a maior ponte de suspensão do mundo, e a primeira a utilizar-se de cabos. Foi também a primeira ponte de aço suspensa do mundo e suas imensas torres de suporte já foram as estruturas mais altas de toda a cidade de New York. As outras vezes que estive em NY tinha visto a ponte apenas de longe, dessa vez caminhei por ela até o Brooklyn. A vista de Manhattan da ponte é lindíssima, e a ponte em si é um lugar muito agradável de passear!

Passei por Wall Street, mas acabei esquecendo de pegar nos bagos do touro, o Charging Bull, escultura em bronze de três toneladas de um touro feito pelo artista italiano Arturo Di Modica. Diz a lenda que dá sorte tocar nas partes íntimas do touro. Sinceramente acho que essa lenda de mão boba foi criada por algum new yorker filho da p... para sacanear os turistas e acabou virando tradição!!!

Segui até o Ground Zero, local onde ficavam as antigas torres do World Trade Center. Eles chamam de memorial, mas é um grande canteiro de obras, e ainda assim é impressionante, principalmente pelo tamanho da área! Do outro lado da rua tem uma loja, Century 21, com coisas de marca bem baratas mais a loja é muito bagunçada e cheia! Nem tive animo de comprar nada! Por sinal, tinha muitos brasileiros na loja! Na verdade tinha muitos brasileiros em NY. Muitos brasileiros e alemães, nossa economia deve estar muito boa! E é muito fácil achar brasileiros, é só entrar numa loja! Qualquer loja!!!!

Almocei um gyro com falafel fantástico num carrinho de rua de higiene discutível. Inicialmente fiquei com receio, mas tinha tantos yuppies comendo e estava com tanta fome que foi difícil resistir!!! E pode até ser a fome, mas estava tão gostoso!!!! (infelizmente não achei Khlav Kalash nem Crab Juice, como no clássico episódio dos Simpsons The City of New York vs. Homer Simpson).

De barriga cheia, foi ver como Lady Liberty estava se portando sozinha naquela ilha! Mas a fila para ir para Liberty Island estava tão grande, e já tinha ido ver a Statue of Liberty nas outras vezes que estive em NY, preferi vê-la de longe mesmo!!!

Fui então para o Pier 17, um píer transformado em shopping e área de lazer. Fiz mais umas comprinhas na Abercrombie & Fitch (essa sim tinha clearance); tomei uma Magners Original Irish Cider vendo o movimento do Pier; e quase fui tomar uma cerveja na praia artificial que tinha no píer, mas era só um monte de areia sobre o píer com umas mesinhas, só ia servir mesmo para sujar meu tênis!!!! Por fim fui ver a exposição BODIES...The Exhibition, aquela exposição com corpos dissecados conservados. É muito legal, adorei principalmente a sessão do sistema circulatório, pareciam corais, lindíssimo!!!!

Peguei o metro de volta para minha vizinhança, comprei umas cerejas numa banquinha de frutas e fui comê-las sentado na grama no meio do Central Park, aproveitando o fim de tarde como um bom new yorker! Ainda arranjei tempo para ir ver o The Dakota, prédio onde morava John Lennon. E há quase trinta anos, onde Mark David Chapman estava lendo meu livro favorito, The Catcher in the Rye, pouco antes de assassinar o Beatle!

De noite fui assistir mais uma peça da Broadway, na verdade mais uma peça Off-Broadway. Os teatros off-broadways são um pouquinho – bem pouquinho mesmo – mais afastados da Broadway, e são teatros um pouco menores. Mas a maior diferença mesmo é que as peças da Broadway são mais caras e hiper-produzidas; enquanto as Off-Broadways são mais baratas, porém mais ousadas e criativas.

Fui assistir Avenue Q, é tipo uma sátira a Vila Sésamo, com direito a bonequinhos! É genial, uma das peças mais engraçadas que eu já vi! Os bonequinhos são muito expressivos, e os atores que os “interpretam” são tão bons que os bonecos e os atores parecem uma coisa só! Conta a história de Princeton um jovem recém saído da faculdade procurando um propósito na vida. Os personagens são demais tem uma japonesa chamada Christmas Eve, uma vadia sem coração chamada Lucy the Slut, um monstro viciado em pornografia, e meus personagens favoritos: Bad Idea Bears, dois ursinhos fofos que só dão idéias estúpidas, é como o anjinho e o diabinho que aparecem nos desenhos, mas ao invés de um anjinho e um diabinho são dois diabinhos!

As músicas também são muito legais, mas como músicas chamadas "It Sucks to Be Me”, "Everyone's a Little Bit Racist" e "The Internet is for Porn" podem não ser legais?! São clássicos instantâneos!!!! E o momento mais freak, e ao mesmo tempo mais legal, da peça é a cena de sexo entre dois bonequinhos, a Kate Monster e o Princeton, depois que os Bad Idea Bears os convencem a encher a cara! É muito engraçado e bizarro!!! Imagina dois bonequinhos transando, e olha que eles conhecem várias posições diferentes! É tipo a versão muppets do Kama Sutra!!!!



E olha que coisa bizarra, um dos personagens era Gary Coleman, o ex-astro infantil, que sobrevivia vendendo seus pertences no e-bay! O bizarro é que o verdadeiro Gary Coleman morreu semana passada, já estão até mudando a peça em respeito a ele!

Quando sai da peça passei pelo Times Square e estava passando o episódio final de Lost num telão gigante. Tinha um bando de gente sentada no chão assistindo, mas como já estava no meio do episódio preferi vê-lo no Brasil mesmo!

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