sábado, 19 de dezembro de 2009

No llores por mí Argentina


Depois de um mês na Europa e ir para o show do The Killers em São Paulo... fui passar o fim de semana prolongado em Buenos Aires! Uns amigos meu me chamaram e como tinha milhagem e o hotel não ia sair muito caro, resolvi ser impulsivo e ir.
Saímos sexta de madrugada (as 5:00, no mesmo vôo do Danilo Gentili, que tava com uma cara de ressaca...) e chegamos em Buenos Aires na hora do almoço. Deixamos as coisas no hotel, e fomos comer bife de chorizo con papas fritas, que foi basicamente nossa dieta nesse período, e mesmo assim não enjoei. Estava chovendo um pouquinho, mas era dia de compras e fomos bater perna na Calle Florida, uma rua comercial de pedestre que os brasileiros gostam muito, e na Galerias Pacifico, mas não achamos nada de interessante para comprar. Resolvemos ir procurar outlets na Av. Córdoba, essa etapa foi mais produtiva, mas mesmo assim não tão produtiva como meus amigos esperavam, afinal outlets são lojas que vendem as coisas que ninguém quis comprar e, como as pessoas (eu inclusive) compram qualquer coisa hoje em dia, se ninguém quis comprar é por que tem alguma coisa seriamente errada com esses produtos!
A noite fomos a Puerto Madero, uma antiga região portuária reloaded inspirada na de Londres, mas não conseguiu ser tão boa como a de Londres!!! Mesmo não chegando aos pés da sua inspiração londrina, Puerto Madero é muito legal. Têm vários restaurantes legais na beira do Rio da Plata, pessoas passeando, e noiva e debutantes tirando fotos embaraçosas!!! Jantamos num restaurante muito bom, novamente bife de chorizo con papas fritas (mas esse foi o melhor que comemos!) e voltamos para o hotel para descansar, já estava há quase 48 horas acordado!!!
Na manha seguinte fomos ao Museo Nacional de Bellas Artes, que é muito melhor que os museus que eu já fui aqui, mas eu tinha acabado de voltar da Europa... o museu tinha até um Van Gogh (Le Moulin de la Galette), que não era tão impactante quanto os que eu vi na Europa, mas era um Van Gogh!!!! O que eu mais gostei foram os Toulouse-Lautrec e um retrato do Cleitinho!!! Depois fomos ver a Floralis Genérica, uma grande flor de metal que parece mais uma antena, mas é uma escultura bem interessante que abre e fecha automaticamente pétalas dependendo da hora do dia. Comemos empanadas num café bem legal da Ferrari, tomamos sorvete de doce de leite no Freddo (Saborela é BEM melhor!!!) e passeamos pela versão hermana da Quinta Avenida: Av. Alvear. Pegamos um taxi (que são ridiculamente baratos lá) para ir a El Ateneo Grand Splendid, um teatro antigo transformado numa livraria, que é fantástica, uma das loja mais bonitas que eu já fui; o palco agora é um café (ainda tem as cortinas) e os camarotes viraram camarotes de leitura! Estávamos ficando com fome, então fomos provar uma tradicional parrillada, mas acabamos comendo só o frango e o bife de chorizo, tinha uns miúdos meio estranhos que ninguém gostou e ficaram no prato.
Fizemos mais umas comprinhas na Av. Santa Fé e depois fomos para o lugar que se tornou meu lugar favorito de Buenos Aires: Palermo Soho. É um lugar bem trendy cheio de barzinhos e loja cool. Finalmente vimos gente bonita e coisas interessantes para comprar. Estava tendo um festival da America Express (20% de desconto com Amex), tinham vários mímicos chatos (que é um pleonasmo) e as ruas estavam lotadas. Fiquei triste por não termos ido antes para lá!!!
A noite fomos fazer um tour de birita, o Pub Crawl. Teoricamente visitaríamos quatro pubs e em cada um deles ganharíamos um welcome shot drinks. Na verdade nenhum dos lugares eram realmente pubs; eram bares, alguns bons e outros nem tanto. E os welcome shot drinks em todos os bares foram suquinhos gummy da pior qualidade. Mas no final das contas foi muito legal, conhecemos gente do mundo todo. Acabei ficando amigo de um alemão que foi chavecar a Herika (esposa do Alisson), e como ela não fala inglês ele foi falar comigo, ele tinha acabado a faculdade e estava viajando pelo mundo, tinha acabado de passar pelo Brasil, o cara era muito gente boa. Conhecemos também um brasileiro que coincidentemente trabalhava com o Illen. E tinha umas figurinhas muito bizarras: o amigo do alemão era muito estranho e o Alisson passou a noite toda observando que ele não tinha bunda; uma piriguete americana mais bêbada que um habitante de Tiradentes na Oktoberfest, dançando tão vagabundamente que causaria inveja em qualquer coreografa de funk; e um holandês muito chato e bêbado que ficava toda hora perguntando da minha namorada peruana (???)!!!! A última parada do Pub Crawl foi uma balada sensacional em Palermo, sem dúvida a melhor que eu já fui!!!!
No domingo fomos dar uma olhadinha na feira de San Telmo, e lá eu descobri que existia Duff beer na Argentina!!! Claro que eu comprei umas de recuerdo, mas era muito cedo para beber (não se preocupem que depois achei outros bares que vendiam e bebi varias vezes, e o Homer está certo, é MUITO boa!!!).
Não gostamos muito de San Telmo, então partimos para El Caminito, na Boca. Quando estávamos passeando por aquelas ruazinhas coloridas, uma gordinha feiosa pegou o Alisson, botou a perna em cima dele e insistiu para que tirássemos fotos, para se livrar logo da baranguete todo mundo tirou foto “dançando” tango, e depois ela e o parceiro dela nos cobrou 20 pesos! Para não arrumar confusão acabamos pagando! Passeamos mais por El Caminito e La Bombonera, o estádio do Boca Juniors. Fomos almoçar no Siga La Vaca, no Puerto Madero, e devíamos ter seguido a vaca para outro lugar, por que é uma churrascaria bem fraquinha!!! Voltamos a pé para o hotel, passando por aquele lugar onde a Madonna cantou “Don't Cry for Me, Argentina” (Casa Rosada). A noite fomos num show de tango; foi bom, mas acho difícil ver uma cena de tango tão bonita quanto a de Moulin Rouge!!!!
Segunda foi o nosso último dia em Buenos Aires, pela manha fizemos um tour de outlets, que não foi lá essas coisas, mas acabei comprando um casaco de couro (mas ainda não consegui achar um igual ao do Wolverine) e umas camisetas. Passeamos mais pela cidade; fomos ao Café Tortoni, onde comemos a especialidade deles, churros, que não chega aos pés daqueles que eram vendidos numa Kombi na saída da escola. Fomos almoçar num pub (finalmente um pub de verdade!!!), comi um cordeiro delicioso e tomei mais Duff! Pegamos o metro para ir ao Congresso. O metro é bem antigo, todo de madeira e as portas são manuais. Em vários lugares da Europa a porta do metro também é manual, mas tem um sistema para não abrir quando o trem está em movimento; em Buenos Aires não tem sistema nenhum, pode-se pular do trem na hora que quiser!!! Quando estávamos chegando à estação um senhor abriu a porta e saiu, não pensei duas vezes, fiz o mesmo! Só que existe uma coisa da física chamada inércia! Quando pulei, não calculei a velocidade certa e acabei caindo em cima de uma mulher e derrubei a sacola de outra, foi uma cena linda, me senti o próprio Jack Bauer!!! A noite fomos tomar uma saideira num lugar muito legal que tinha vários tipos de cerveja (mais Duff), tinha até hidromel (isso mesmo, aquele que o Harry Potter toma), que é surpreendentemente bem gostoso!

2 comentários:

  1. hidromel[interrogacao]
    eh a cerveja amanteigada[interrogacoes]

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  2. Hidromel mesmo Dandazinha!!! No sexto Harry Potter, o professor Slughorn deu a Rony Weasley um copo de hidromel envelhecido, logo após ter providenciado um antídoto para a poção de amor que ele estava sobre efeito, sem saber que o hidromel tinha sido envenenado por Draco Malfoy com a esperança de que essa garrafa fosse dada a Dumbledore.

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