Things That REALLY Make Me Die Inside (um pouco atrasado!)

(originalmente publicado 16 de março de 2007)

Woww, faz tanto tempo que eu não começo com um WOWW!!!!

(Esse post foi originalmente escrito a 3 semanas)

TV a cabo é uma maravilha, mas às vezes também é um pesadelo!!! A Sony é um dos meus canais favoritos (tem minhas séries favoritas) e de vez em quando me apresenta algumas novidades musicais bem legais (Emily Simon, Regina Spektor...)!! Mas quando ela quer errar, erra com gosto!!! E recentemente tem exibido algo tão vergonhoso que consegue fazer a repugnante série “Til’ Death” parecer boa!!! Alguém consegue me explicar porque de 5 em 5 minutos aparece aquele “Music News” com a banda do Felipe Aukai? È ridículo!!! Aquilo não devia passar nem uma vez!!!!

E eu não sou o único que está indignado com isso, olha o comentário do (muito legal) blog do site Series.etc:

“O POETA QUE ENCONTROU SEU NINHO
Prometo que não falo mais sobre o violão e a mão que toca o violão no canal Sony, mas taí o vídeo do programete bizarro do canal. Veja com seus próprios olhos, ouça com seus próprios ouvidos.
"EU SOU O VIOLÃO E O FELIPE AUKAI É A MÃO QUE TOCA O VIOLÃO"
Seriously. O Felipe Aukai falando na terceira pessoa sobre o Felipe Aukai, um poeta que descobriu seu lugar (o som estava meio baixo, eu perdi o resto da frase, não sei onde é o lugar dele). O colega do Felipe Aukai falando na terceira pessoa também, que ele é o violão e o Felipe Aukai é a mão que toca o violão. Hã? Se eu não estivesse cercada por testemunhas, ia achar que eu estava viajando, imaginando coisas, algo assim. Mas isso passou e passa a cada intervalo do Sony. É tipo um programete sobre a banda do poeta Felipe Aukai, a mão que toca o violão (o violão é o tal do Gus, amigo dele). Espera. O Felipe Aukai não é aquele apresentador que se reveza com a Lívia Prestes apresentando textos constrangedores nos programetes do Sony? O que está acontecendo?”

Não é bizarro? Por que eles estão falando deles mesmo na terceira pessoa? “...um poeta que descobriu seu lugar”, será que esse lugar é a cama de algum diretor da Sony?! E “Eu sou o violão e o Felipe Aukai é a mão que toca o violão”!!! Não parece roteiro de filme soft pornô que passa na Band sábado de madrugada? Algo do tipo “Emmanuele se levanta de seu divã, tirando sua ultima peça de roupa, as luvas; e fala: - Ele me tocou como nunca fui tocada antes! Como se meu corpo fosse um violão!! E juntos fizemos música, muito boa música!!!”

Se esse fosse o caso tudo bem, mas a “música” deles é uma merda!!! Olha a letra do maior “hit” deles que coisa maravilhosa:

7cities - Little Town
“Something happened in this little town
And love was a mistake God dreamed on a Sunday
And in his sleep we fell form his wrinkled hands
Oh! Have no fear "mom" you are the chosen one

In this little town
The fire for which we bow
In this little town
Time cries its chords

Something shook the legs of Ms Brown
Oh! By the blue reefs folkloric gift

In this little town
The fire for which we bow
In this little town
Time cries its chords

And love leads us through courage and fear
Like fire shinning through tales of you and me

Something happened in this little town
Oh! My little town
Folkloric Bow”

Poético demais, não? Deixa que ele explique (o que só piora as coisas):

“quarta-feira, 24 de janeiro de 2007 respondendo aos emails... Queridos amigos, primeiramente eu gostaria muito de agradecer ao carinho de todos, 7 cities não é nada no Brasil sem vocês... Sobre o simbolismo e a dicotomia de Little Town; Para poder responder ás perguntas, tenho que dividir minha explicação em 2 partes, a denotativa e a conotativa... Denotativamente, o texto rítmico de Little Town se desenvolve com a intenção de criar imagens e implicar cores, totalmente dirigidos á livre imaginação do ouvinte... Little Town se refere á uma pequena cidade (daí o contra-ponto da metrópole São Paulo no clipe) totalmente livre de referencias espacias ou temporais. Como diretamente citada na letra, é a alusão ao folclore imortal provido pelo próprio planeta, ou uma junção de toda e qualquer cultura que se desenvolveu naturalmente dentro de seu próprio contexto sem influencias externas, o que ainda é 90% dos temas e inspiração da banda...Confessamos que foi divertido assistir á transformação de Mrs Brown em um personagem excêntrico ou mascote da banda, mas sua existência não vale nada sem os "corais azuis". Para escolhermos um personagem folclórico imortal, teríamos que desenvolver um que chegasse o mais próximo possível da compreensão universal, e pegamos o exemplo de New Orleans, onde no centro da oligopólio anti-folclore do mundo, ainda existe elementos naturais que resistem ao teste do tempo, como a senhora negra de idade que sobreviveu ao racismo e manteve seu sotaque por centenas de anos. e os corais situam nossa Sra Brown em um contexto distante. A conotatividade só pode ser compreendida a partir do momento que se internaliza todos estes personagens de sorte que eles só possam ser entendidos como lados do verdadeiro eu, representando a eterna batalha entre o Ying e o yang. O fogo para o qual fazemos reverencia não sendo mais do que as paixões e emoções ás quais nos entregamos diariamente nos esquecendo constantemente de nossa consciência. É isso... Mais uma vez muitíssimo obrigado pelo carinho e interesse de todos...”
(http://www.aukai.com.br/)

E que ousadia deles tentarem fazer da Mrs Brown uma musa como Dona Xica!! Mesmo sem “corais azuis” Dona Xica tem muito mais charme e carisma com seus gatos imortais, garotos manipulados, Cafés Goumert e lojas de flores!!!